OPINIÃO: Um país extremamente desigual que reflete até no parlamento brasileiro

 

O Brasil nos seus 525 anos de imposição, invasão e atrocidade, convive com as suas desigualdades chegando até a mais alta casa legislativa do nosso País. Ontem (9 de dezembro), a Câmara Federal proporcionou cenas de baixarias arrogância e atos de autoritarismo. O seu presidente Hugo Motta (republicano), ordenou o desligamento da transmissão da sessão, retirar o jornalistas do plenário, para que a polícia legislativa retirasse a força o deputado federal Glauber Rocha (PSOL/RJ), da cadeira do presidente onde ocupava em protesto.

A lei é feita para todos, mas os privilegiados tiram proveitos de acordo com os seus interesses. A poucos dias parlamentares do PL, também ocuparam a mesma cadeira, e não sofrerem a severidade regimental como ontem. Da mesma forma deputados federais condenados pela Justiça, que estão residindo em outros países, continuam a usufruírem do que lhe oferece o mandato e suas prorrogativas. Onde já deveriam terem seus mandatos cassados.

Tanto os deputados do PL, como do PSOL, infringiram o regimento da casa legislativa. Não concordo, nem defendo agressão as normas regimentais. Porém não pode-se usar dois pesos e duas medidas, para a mesma infração. 

O Brasil que em 2022 elegeu um presidente popular de centro esquerda. Também elegeu a maioria de um parlamento burguês, ancorado no grande capital e no agronegócio. Tem caminhado por uma pauta fora da realidade brasileira, e tem avançado em seus próprios benefícios. Lamentável, somente a democracia através do voto popular em 2026, poderá dá um novo ruma ao parlamento brasileiro que hora causa um estrago a nação.