Artigo: O massacre vem de longe, quem tem moral em resolver o grave problema do Rio de Janeiro?

No Brasil das injustiças sociais tem nome e endereço.  A "elite" política e econômica que perpetua-se no "poder" instituído, e esmagando os mais pobres. Fruto da arrogância e da crueldade.

Primeiro, o Império destruiu os cortiços nas bonitas avenidas do Rio de Janeiro, capital do Império. Sobre a premissa de uma urbanização, após o massacre dos revoltosos, assim foi criada a primeira favela no país no Morro da Providência. Na verdade a vinda do Rei D. João Sexto para morar no Brasil, não suportava aqueles cortiços no meio da realeza.

Segunda, os soldados que vieram exterminar Canudos na Bahia, comunidade formada por ex-escravos. Ao voltarem não tiveram as casas prometidas. O que lhe coube, foi irem para a Favela da Providência, juntando-se aos expulsos dos cortiços no centro do Rio.

Terceiro, com a abolição dos escravos em 1888, depois de 300 anos de escravidão foram "libertos" sem nenhum direito que pudesse recomeçar suas vidas. Lhe restou a Favela da Providência, juntando-se aos: Expulsos dos cortiço, aos soldados enganados pelo Império. Hoje berço dos nordestinos que fugiram da fome e das injustiças nos Sertões nordestinos.

Esse barril do pólvora cresceu, organizou-se, está robusto e como resolver? Se a "elite" continua a morar nos condomínios e na bela orla marítima. Onde reside os verdadeiros comandantes do tráfico de drogas, influência política e perpetuação da miséria? O fato é que o Rio de Janeiro é hoje, a ponta do alciberg espalhado por esse Brasil. Qual solução, a mesma adotada desde o Império? Parece que não tem resolvido a situação, nem dado certo.

Somente o amor, a compreensão, a solidariedade, humildade, fraternidade poderá fazer frente a triste situação. O ódio, o armamento, a violência só gera mais violência. Chegas das velhas e cruéis métodos que tanto tem torturado os pobres desse Brasil. As "elites" criadora da situação, estão perdidos, sem admitirem que o caminho é o da pacificação e da justiça social.